Sinopse:
Quando Barry Fairbrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos
anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque. A aparência idílica
do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma
guerra. Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais,
esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford
não é o que parece ser à primeira vista. A vaga deixada por Barry no conselho
da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo
vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e
revelações inesperadas?
Primeiramente o que mais
interessa é: O livro é bom? Não ele é ótimo.
Na verdade ótimo não o descreve bem o suficiente para que um possível
leitor entenda o quão rico em descrições, situações e personagens Morte Súbita
é. Rowling se superou criando uma história bastante diferente do mundo que a
consagrou e mesmo assim alcançou um grande êxito ao esmiuçar a mentalidade
dessa grande massa viva chamada de cidade pequena além de converter em palavras
toda a gama de pensamentos e duvidas presentes na cabeça de todo adolescente.
Stephen King é um mestre na arte
de desenvolver tramas em cidades pequenas, ele conhece a fundo o que se passa
nas vielas escuras à noite ou as maquinações malignas atrás das portas de casas
familiares. Rowling alcança o mesmo efeito do mestre, em um livro que poderia
ter sido escrito pelo próprio, ao descrever Pagford em toda sua complexidade e
simplicidade. Morte Súbita em muitos pontos tem sua prerrogativa parecida com
Sob a Redoma de King, a principal delas é que o livro não trata de um
personagem em especial, mas sim da cidade como um todo através dos olhos dos
próprios moradores que possuem uma relação de amor e ódio com o lugar.
Para o fã de Harry Potter o
livro é um prato cheio, pois irá elevar seu patamar de leituras a outro nível,
para algo mais complexo e adulto. Incrível como a autora consegue criar todo um
mundo de fantasia e depois retratar tão bem a realidade que as histórias
parecem terem sido escritas por pessoas diferentes. Isso serviu para me
transformar em um fã de Rowling, eu já gostava de Harry Potter, mas Morte Súbita
é cruel, inesperado e viciante...

Após a morte de Barry a
comodidade e a luxuria do dia-a-dia repetitivo que a cidadezinha possuía parece
cai por terra e acontecimentos a primeira vista desconexos começam a acontecer,
entre eles fica um furor para saber quem tomará a vaga dele no conselho da
cidade já que ele era o principal defensor dos direitos do bairro mais pobre de
Pagford e talvez o único que impedia que os conselheiros votassem por deixar o
bairro aos cuidados da cidade vizinha.
Após todas as lágrimas no
funeral do falecido que as coisas começam a acontecer, pessoas mudam de
posições e mostram suas verdadeiras faces em jogos políticos cheios de
egocentrismo e desejos ocultos. Mas em
meio a toda essa confusão estão os adolescentes do livro que veem seus pais
brigar por algo que ainda não entendem. E como sempre os adolescentes são os
personagens mais profundos e melhor descritos pela Rowling.
É impossível alguém não se ver
na pele de algum deles ou já ter passado pelas situações típicas que enfrentam.
As incertezas e vergonhas da primeira paixão e a luta para fazer com que a
pessoas amada note sua existência. O desejo de provar para o mundo adulto a sua
serventia. A vontade de mudar o mundo e a cabeça das pessoas. A dor da
humilhação do bullyng repetido diariamente e que não se relega a apenas a
escola, mas se espalha pela internet, além do descaso dos pais. Tudo isso
aumenta ainda mais a riqueza do livro que é imperdível.
Morte Súbita se tornou uma das
minhas melhores leituras desse ano e está entre os melhores que já li. Indico a
todos que querem uma leitura marcante e de qualidade onde os personagens
ultrapassam a ficção e se tornam reais. Quando a leitura se inicia é impossível
parar.
Minha nota: ☠☠☠☠☠☠☠☠☠☠ (10/10 Caveiras)
Puxa quero ler esse livro, Harry Potter sempre foi um dos meus favoritos então estou ansiosa para ver este novo estilo da J.K.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirParabéns pela resenha!
Até agora eu não havia visto nenhuma resenha deste livro, bem até agora né? Porque depois de sua resenha estou louca para ler esse livro. Mas caso eu ainda chegue a ler esse livro não poderei compará-lo aos livros de HP, já que não li nenhum, uma pena, eu sei.
Abraços.
Entre Livros e Livros.
musicaselivros.blogspot.com
Oi! Parabéns pela resenha,ficou muito boa! Também fiz uma resenha em meu blog http://donnaflaviaa.blogspot.com.br/2013/01/resenha-morte-subita.html aguardo sua visita e comentário! Beijos.
ResponderExcluirOi Rafa!
ResponderExcluirEstou bastante curioso em relação a esse livro, mas ainda não tive oportunidade de comprar. Me parece uma leitura densa, mas é claro que deve ter algo a mais. Adorei o blog, já estou seguindo :)
Abraços,
Ademilson
Autor de Aurora do Reino
http://livrosdoad.blogspot.com.br/
Era tudo o que eu precisava saber antes de ler o livro da J. K. e saber que ela trabalha sob diferentes perspectivas de um mesmo fato é muito instigante!!!
ResponderExcluirParabéns!!! Suas resenhas são no mínimo SENSACIONAIS!!!
:)
Simplesmente fantástico. O acontecimento do final unido a música marcante faz você simplesmente querer adentrar no livro e poder ajudar os personagens, tira-los daquilo que estão passando e afasta-los de seus medos. O melhor livro lido neste ano, resumido em uma palvra: perfeito.
ResponderExcluirCara, ganhei esse livro tm uns meses e confesso que fiquei com medo de ler, pq eu amo Harry Potter e vai que fico com raiva da Rowling por causa desse livro, rs. Enfim, depois de leressa resenha fiquei morrendo de vontade de ler, vou começar essa semana! Parabens pela resenha! Esse é meu blog favorito!!!
ResponderExcluirRafa. vc não vai comentar do O Chamado do Cuco?
ResponderExcluirOpa beleza?
ExcluirNa verdade eu até ia mas muitos blogs já a fizeram então prefiro colocar material novo online a repetir questões já passadas rsrs O livro é bom, não melhor que este, é mais um policial denso com o clima inglês e tal.
Eu confesso que li por pura curiosidade (eu gosto bastante de HP), eu comprei em pré-venda e o li em um dia. Depois que comecei a ler, só parei quando acabou a história e fiquei desejando que tivesse bem mais que suas 500 e poucas páginas... Eu realmente achei que lembrou bastante a forma de narrativa do King. E não duvido nada ela ter se inspirado nele, afinal são grandes amigos e ela a enaltece sempre que pode (a recíproca sendo verdadeira).
ResponderExcluirUma resenha maravilhosa =)