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Resenha | Frankenstein: Cidade das Trevas de Dean Koontz


Cidade das Trevas é o segundo volume da série de Dean Koontz que reimagina a história de Frankenstein, o clássico de Mary Shelley, para os dias atuais. Sua narrativa segue a mesma estrutura do livro anterior, uma escrita ágil aliada a capítulos curtos cheios de ação e violência, em um suspense que mistura ficção-científica e horror para tecer uma nova interpretação à narrativa original. No universo de Koontz a história de Frankenstein é real.

Victor Frankenstein está cada dia mais próximo de concretizar seu plano de destruição da humanidade, após séculos de aperfeiçoamento das técnicas para criar vida, produziu um exército de criaturas escravizadas, uma nova raça extremamente poderosa, programada para sentir ódio e um furor homicida pelos humanos. Os únicos que sabem dessa situação são os detetives Carson O'Connor e Michael Maddison, que aliados a Deucalião, a criatura original de Frankenstein, tentam impedir essa insanidade. Em meio a provas que desaparecem e ameaças constantes de violência, eles descobrem que não podem confiar em ninguém, Victor substituiu todas as pessoas que possuem cargos estratégicos na cidade por cópias da nova raça.

A história de Cidade das Trevas continua exatamente de onde parou no volume anterior, o que torna a sua leitura obrigatória. A trama se desenvolve explorando o ponto de vista de diversos seres da nova raça, que estão experimentando sensações estranhas, a programação de Victor Frankenstein está começando a apresentar defeito e seu controle sobre as criaturas está desmoronando. Como resultado alguns estão enlouquecendo e se automutilando, outros estão colocando em prática o plano original de forma deturpada e matando pessoas com métodos extremamente violentos e sádicos, e há ainda aqueles que estão passando por dolorosas transformações físicas e se tornando algo novo, desconhecido e perigoso. Em paralelo, Victor designou dois assassinos da nova raça para matar os detetives Carson e Michael, essa perseguição dita o ritmo do suspense levando a um clímax violento e mortal.

Dean Koontz aprofunda os cenários e protagonistas apresentados em O Filho Pródigo, continuando as discussões sobre o conceito de humanidade, a partir da perspectiva de diversos personagens cujas trajetórias exemplificam contextos específicos, como o viés espiritual e psicológico. Um ponto negativo é a pouca participação de Deucalião, seu protagonismo é obscurecido pela enorme quantidade de personagens, há tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que a premissa principal avança pouco. Cidade das Trevas possui um ritmo ágil e subtramas que se concluem em suas páginas, mas seu principal papel é servir como preparação de terreno para o terceiro volume, Vida e Morte, que promete ser explosivo. 

   
  Frankenstein: Cidade das Trevas (2011) | Ficha Técnica 
   Título original: Dean Koontz's Frankenstein: City of Night (2005)
   Autor: Dean Koontz e Ed Gorman
   Tradutora: Grace Taylor
   Editora: Prumo
   Páginas: 414 páginas
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   Nota:☠☠☠☠☠☠(9/10 Caveiras)

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