“Um tributo ao espírito humano que desafia a multidão e coloca os
valores acima da conveniência.” F. Paul
Wilson
Sinopse:
Sem telefone. Sem sms. Sem
e-mail. Sem TV. Sem internet. Sem saída. Bem-vindo a Fênix: A Ilha. Na teoria,
ela é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém, os
segredos da ilha e sua floresta são tão vastos quanto mortais. Carl Freeman
sempre defendeu os excluídos e sempre enfrentou, com boa vontade, os valentões.
Mas o que acontece quando você é o excluído e o poder está com aqueles que são
perversos?
Fênix: A Ilha foi uma
surpresa, a expectativa era de que fosse apenas mais um livro de temática
juvenil, com protagonistas adolescentes e todos os típicos ritos de passagem
desta fase. Porém à medida que o enredo se desenvolvia, a história foi se
mostrando diferente, nas páginas iniciais todos os citados acima aparecem,
porém quando a primeira morte acontece é que a realidade se abate sobre o
leitor. John Dixon possui uma escrita bem leve, intercalando cenas de tensão
com diálogos concisos e diretos, cria um livro de leitura e empolgante com várias
surpresas até o enigmático final, que a meu ver é o trunfo da trama abrindo
espaço para os demais volumes da série.
A Ilha Fênix é o único lugar no
planeta que para se chegar ao Inferno precisa-se subir de elevador, lar dos
piores delinquentes juvenis, aqueles que a justiça desistiu de tentar
recuperar, é uma espécie de detenção-acampamento, onde os jovens aprendem
noções de obediência e cooperação à moda do exercito. Sua localização é
desconhecida, sabe-se apenas que não é solo americano, e o espanhol falado por
alguns empregados delimita as opções, sendo assim as leis americanas não valem
para aquele lugar. A ilha Fênix possui seu próprio código espartano de sobrevivência,
comandada por uma pequena elite de sádicos, alguns deles ex-alunos, que irão
transformar cada segundo da vida dos jovens em um pesadelo infernal. Os
protagonistas descobrem que se conseguirem passar por tudo aquilo, ao completar
a maioridade ganharão a liberdade e a ficha limpa de todas as acusações, porém
a ilha parece esconder vários segredos, atrás da beleza do verde uma podridão
negra escorre, mentiras são contadas e punições extremas são realizadas apenas
para deleite dos comandantes. Então a barreira que cria a ilusão que esconde a
verdadeira realidade da ilha Fênix começa a se esfarelar e o que leitor
descobrirá o deixará perplexo.
O resultado final não é um
livro espetacular que vai entrar na lista dos mais vendidos e também certamente
não irá agradar a todos os leitores, porém faz o seu papel principal que é ser uma
leitura deliciosa e divertida, além de escape fugaz da realidade. Os leitores
de sci-fi se identificarão mais com o estilo do autor, porém o tema no primeiro
livro é apenas apresentado e suas bases são lançadas para as continuações cujo
enfoque será mais preciso e direto. Um livro que fala sobre os principais
valores que regem a nossa vida, o conceito de amizade e sacrifício, além das
escolhas que a vida adulta impõe. É uma história que começa leve, mas vai
ganhando ares obscuros até as páginas finais. Aguardando a continuação. Boa
leitura!
Minha nota: ☠☠☠☠☠☠☠☠☠☠ (8/10 Caveiras)
Parece uma mistura de "O senhor das Moscas" (livro/filme) com um filme "Ilha: A prisão sem grades". Vou procurar saber sobre essa série "INtelligence" que dizem que é baseada nele. Já viu?
ResponderExcluirA série é ótima!! Mas não tem muito a ver com o livro, a não ser o fato de ter o chip implantado na cabeça do personagem principal
ExcluirBom pelo que pesquisei durante a leitura a série parece tomar rumos totalmente diferentes do livro ou talvez seja baseada nas continuações, não sei. Mas é bem diferente de O Senhor Das Moscas, pelo principal fato de que existem adultos na Ilha que controlam a espécie de sociedade criada lá. Mesmo assim é uma boa leitura :)
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