Victor Frankenstein é o estereótipo clássico
de cientista louco e egocêntrico em sua busca insana para criar vida através de
métodos cientÃficos e alcançar a tão almejada imortalidade. Seu projeto tem inicio
com invasões noturnas a cemitérios em busca de cadáveres frescos, depois de uma
minuciosa seleção das "melhores partes" ele costura um novo ser
humano e através de um experimento macabro consegue dar vida a
criatura. O que seria inÃcio de uma nova era na ciência torna-se o prelúdio de
tempos de horror.
Dr. Jekyll (O médico e o monstro de Robert Louis Stevenson, 1886)
Dr. Henry Jekyll é um exemplo dos
grandes alquimistas e sua poções "milagrosas", tentando controlar a dualidade do bem e do mal de sua
identidade criou uma fórmula para tentar controlar seus impulsos malignos, sua busca por uma personalidade boazinha acabou
sendo sua ruÃna. Seu aparente sucesso é perturbado pelo surgimento de um alter
ego monstruoso, Mr. Hyde e sua fúria assassina.
Dr. Moreau (A Ilha do Doutor Moreau de H. G. Wells, 1896)
A ideia da criação da vida
através da mãos humanas, em uma transcendência ao patamar divino de criador, é
uma das ideias que mais consome a sanidade dos cientistas da ficção. Doutor Moreau
se exilou em uma ilha para conseguir privacidade para a obra de sua vida, a
manipulação da genética para criar seres hÃbridos, uma mistura de homens e animais
numa fauna bizarra de bestas que desafiam a imaginação com o horror de sua
existência.
Dr. Herbert West (Herbert West – Reanimator de H. P. Lovecraft, 1922)
Herbert West é da mesma escola amoral que
produziu Victor Frankenstein, ambos buscavam resultados parecidos, a descoberta
dos segredos da vida eterna, porém as abordagens divergiam, enquanto o último
buscava "criar vida", West tentava "ressuscitar" os mortos
através de uma solução de sua criação. Porém o que retornava da morte dificilmente
era possÃvel ser classificado como ser humano.
Os Modernos:
Depois da Segunda Guerra
Mundial e da revelação dos experimentos nazistas, os cientistas loucos passaram de
esquisitões solitários e reclusos em seus laboratórios para esquisitões financiados
por governos e iniciativas privadas. Os Meninos do Brasil de Ira Levin é exemplo desta mudança, baseado nos horrores reais das experiências do Dr. Josef Mengele nos campos de concentração, traz uma história que passa trinta anos após a queda de Hitler no qual uma comunidade nazista exilada no Brasil coloca em execução seu último grande plano para o Terceiro Reich, clones que carregam os genes de seu estimado lÃder. Jurassic Park é a obra mais famosa de Michael Crichton é uma obra que explora a bioengenharia e o uso da ciência como um meio para atingir lucros, os cientistas se utilizam do DNA de dinossauros para recriar a vida desses seres, mas os resultados são maiores do que esperavam. Robin Cook, o mestre do thriller médico, é talvez o escritor que sabe aproveitar melhor a questão de médicos dementes, clÃnicos enlouquecidos e cientistas loucos em suas histórias, Mutação em especial é seu livro em homenagem a Mary Shelley que apresenta o Doutor Victor Frank, um médico em busca da criação do ser humano perfeito.
2 Comentários
Amei a postagem, Rafa!!
ResponderExcluirAinda não li todos os livros citados, ainda faltam 2, o do Lovecraft e o do Levin, mas já vão entrar na lista =D
Excelentes dicas!!
Bjs
Olá, Rafa. Fiz em meu blog uma lista dos blogs mais relevantes da atualidade e mencionei o seu,do qual gosto muito. Tomei a liberdade de usar o logotipo de todos os citados para ilustrar a publicação. Se não autorizar o uso, é só em avisar que eu retiro a arte.
ResponderExcluirhttp://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/2015/04/sete-super-blogs-literarios.html