Sinopse:
"Assassins’s Creed:
Bandeira Negra" é a mais recente novelização inspirada na franquia de
games Assassin’s Creed. Escrito por Oliver Bowden, o livro começa em 1715 e
conta a história de Edward Kenway, um notável pirata e corsário que viveu na
Era Dourada dos Piratas. Ele é o pai de Haytham Kenway e avô e Ratonhnhaké: ton
(Connor Kenway), personagens apresentados aos leitores em Assassin’s Creed:
Renegado. Assassin's Creed: Bandeira negra mistura exploração naval com combate
e aventuras, tanto em terra quanto no mar das Caraíbas.
Assassin´s Creed sem sombra de
dúvidas é a saga responsável pela recente onda de publicação de novelizações de
jogos, porém o público alvo desses livros é bem específico querendo ou não
tem-se que conhecer o universo em que se entrará ou a experiência com a leitura
não será tão boa. Eu li os primeiros livros, Renascença, Irmandade e A Cruzada
Secreta sem nunca ao menos ter jogado os games e a cada novo volume perdia um
pouco do interesse de modo que no fim acabei desistindo de continuar lendo a
série. Com o lançamento de Bandeira Negra meu interesse retornou piratas são
figuras que me atraem desde a infância seja no cinema como na literatura.
Comprei o jogo e me impressionei com a qualidade do enredo que a estória apresentava
as belas imagens e o protagonista diferente do que havia encontrado nos livros
anteriores. A impressão foi boa o
suficiente para mais uma tentativa de leitura, que dessa vez não decepcionou.
A primeira coisa a se dizer é
que livro e jogo se completam. Conhecendo a vida de Edward Kenway nas
minuciosidades que apenas a literatura proporciona pode-se entender melhor o
homem que ele vem a tornar ao longo da estória, suas motivações e ações. De
fato o primeiro quarto do livro se passa antes do inicio do jogo, Kenway ainda
era apenas mais um habitante de um pequeno vilarejo inglês cujo principal
futuro diante dos olhos era substituir o pai na criação de ovelhas e beber na
taberna local. Sem grandes aspirações sua vida muda quando encontra Caroline
Scott por quem se apaixona e cujo amor faz com que busque as riquezas incontáveis
através dos mares querendo lhe dar uma boa vida. Após momentos conflituosos e
tensos a sua saída do vilarejo é dolorosa, mas a vida que surge diante dos
olhos é aparenta ser pior ainda, Kenway serve de corsário a marinha da Rainha.
É nesse ponto que aspecto
histórico inserido, o protagonista ingressa nos corsários em uma época
conturbada quando a profissão já estava ameaçada, ao menos na Grã-Bretanha. Os
corsários são apenas piratas cujo capitão possui uma Carta de Corso que lhe
autoriza perante o nome do rei a saquear embarcações inimigas durante um período
de conflito, do mesmo modo que deve proteger os navios que sevem a majestade de
piratas inimigos. Kenway acaba não tendo escolha e se torna um pirata conforme
a situação lhe obriga, a partir de então personagens históricos fazem
aparições, piratas famosos como Barba Negra (Edward Teach cujo sobrenome é
alterado no livro para Thatch), Calico Jack, Benjamin Hornigold e Charles Vane
são os mais famosos.
Mas onde em meio a tudo isso
entra o Credo de Assassinos? Edward Kenway passa a maior parte da estória entre
o Credo e os Templários, suas ações são motivadas por seu interesse próprio e
não refletem os ensinamentos dos assassinos. Com força e agilidade nata ele se
passa por um dos acólitos do Credo sendo essa sua porta de entrada para os
segredos do mundo. Mas em suma este é um livro sobre pirataria e homens do mar,
os assassinos ficam em segundo plano. A narração da estória é feita pelo
próprio Edward que relembra sua vida e suas ações, numa espécie de expurgo
pessoal. A principal diferença das duas versões de Bandeira Negra se refere
quando ao diálogo, enquanto o game opta por uma tradução mais arcaica das
palavras e pronomes, o livro para atrair o publico adolescente fica entre o
moderno com toques antiquados e o português rebuscado. Enfim é uma leitura
prazerosa que mergulha no mundo dos piratas com suas traições e guerras navais,
indicado para todos os tipos leitores que buscam esse tipo de aventura marítima.
Minha nota: ☠☠☠☠☠☠☠☠☠☠ (9/10 Caveiras)
Este ano eu quero dar continuidade as leituras de AC, parei em Renascença.
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