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Resenha | Praga de Michael Grant


Depois da sensacional estreia do autor com Gone, um romance que trouxe horror e desespero a um grupo de jovens que subitamente se veem livres de toda e qualquer influencia adulta, mas em contrapartida presos no que parece se uma cúpula surgiu um segundo volume da saga chamado Fome. Após a tentativa fracassada de retomar um resquício da sociedade de outrora as crianças sentiram os efeitos do desperdício e da loucura dos dias iniciais, nenhuma comida foi racionada e muito do que era perecível estragou de modo que a fome passou a ser uma constante na vida deles. 

O nível narrativo é mantido e o sentimento de surpresa característico do primeiro livro ainda se encontra presente apesar de diminuído. Em Mentiras, a continuação da série parece perder um pouco seu rumo e a impressão é que o autor o escreveu apenas para preencher páginas com cenas desnecessárias que justifiquem o numero de livros da série, que são seis no total.  Praga é o quarto livro da série e desta vez Michael Grant acertou a mão.

Praga consegue ser mais obscuro que os livros anteriores, se antes o conceito de crianças matando crianças era chocante agora nada mais é que a constatação de uma realidade. Ninguém mais no LGAR anda desarmado, pedaços de vidro ou pedras, madeira afiada ou haste de ferro pontuda tudo pode se transformar em instrumento de defesa ou ataque nas mãos das crianças. Um meio termo entre anarquia e sociedade foi atingido, as crianças criaram um conselho e uma legislação com as leis básicas e serviços são oferecidos em troca de comida, que se resume a pesca e uma pequena agricultura natural. 

O desespero e a desilusão são sentimentos compartilhados entre todos, o vício em drogas se tornou normal sendo a bebida, por enquanto, um artigo com estoque volumoso. Há também uma misteriosa doença que está acometendo as crianças, uma peste estranha e mortal. Uma praga. Mas talvez a principal diferença em comparação a seus antecessores é que Praga entra em mais um assunto tabu, o sexo.

A série começa a ganhar seus contornos finais com este volume, os personagens estão mais amadurecidos devidos aos problemas enfrentados, e o vislumbre do que pode ser a guerra final pela sobrevivência pode ser visto no final. Os lados da história começam a se definir, a Escuridão e sua maligna teia em oposição ao Pequeno Pete, que ganha pequenos capítulos onde expressa a sua maneira disforme de ver o mundo. Muita coisa ainda vai acontecer, coisas estranhas e assustadoras aguardam os protagonistas e a provação está apenas começando. 

É difícil imaginar que fim Michael Grant pretende trazer a nós leitores, o melhor que podemos fazer é aproveitar a viagem e compartilhar o amadurecimento dos personagens não agindo apenas como meros observadores, mas aprendendo com as lições que o livro ensina. Ética, amizade, família, bondade, maldade... São muitas as questões e conceitos que requerem uma reflexão do leitor. 

   
  Praga (2013) | Ficha Técnica 
   Título original: Plague (2011)
   Autor: Michael Grant
   Tradutor: Alves Calado
   Editora: Record
   Páginas: 392 páginas
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   Nota:☠☠☠☠☠☠(10/10 Caveiras)

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5 Comentários

  1. Oie :)

    Essa é uma das séries que eu morro de vontade de ler pois acho que combina demais comigo, vi que você amou esse livro então.. mais um critério para eu lê-la logo rs, beijos !!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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  2. Eu quero muito ler essa série, mas é muito difícil conseguir.
    As capas são lindas também :\

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  3. Minha vontade de ler já era grande, agora só aumentou....

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  4. Amo Gone. Ainda não li Praga, mas to doida pra ler. Achei também o Mentiras o mais fraco dentre os três primeiros. Estou só esperando comprar esse livro pra lê-lo. Recomendo demais pra todos.

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    1. Eu vou ler essa saga mas só depois que eu acabar de ler Maze Runner outra saga foda *-*

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